Senhor dos ventos
05:30h da matina...lá vou eu para a Catedral de São Sebastião, coletar despojos de caça do Falco peregrinus e conferir alguns detalhes para serem anotados, sobre a catedral e sobre um novo ponto de pouso utilizado ultimamente...
Lá está o falcão, tranquilo, sobre um dos prolongamentos verticais arqueados que contornam um dos cones (se é que posso chamar um "cone quadrangular" de cone...) das torres. Acabou de devorar uma presa...mas ainda se mantém em posição de observação das imediações, embora pouco mais recolhido.
O tempo estava um tanto nublado, uma chuva se preparava para cair. Mas muito antes da água descer, uma ventania estúpida se instalou nas redondezas...vento forte mesmo!
E depois de uma hora pousado, eis o falcão, iniciando um planeio sobre a catedral e imediações. Iniciou uma série de planeios, sem bater asas uma vez sequer, mas controlando absolutamente o vôo com movimentos sutis, praticamente imperceptíveis, entre asas e cauda...
Voou contra a ventania, a apenas 35 metros do solo, fechando curvas estupidamente elegantes e pegando então carona a favor dos ventos, deslizando velozmente com as asas arqueadas, voltando a se manter novamente contra o vento e se pondo absolutamente parado no ar, com as asas aparentemente imóveis, com um domínio de vôo fora de série, como se não houvesse vento algum e muito menos com a intensidade com que estavam. De repente, o que era uma cena estática, tal o domínio de planeio, se transformava num mergulho ágil que emendava com um deslize sutil contra o vento. Enquanto isso, os pombos voavam tortamente, buscando abrigo nos cantos da catedral, sem conseguir manter um equilíbrio de vôo, tentando resistir a oscilação da ventania que se instalou. Foi uma cena estupidamente elegante...já presenciei inúmeros planeios dos falcões peregrinos, mas este foi de tirar o fôlego...fiquei babando com a boca aberta e um sorriso besta! Foram apenas (e tanto) 5 minutos de planeio..e isso é uma eternidade! E tive a frustração de pela primeira vez não levar a câmera fotográfica nas idas aos pontos de atuação do falcão, e voltei pra casa sem ter feito uns belos registros de filmagem, até pelo fato do falcão ter planado muito próximo ao solo. Bom, ficou o registro e essa pequena tentativa quase frustrada de descrição, já que chega a ser idiota a comparação entre o descrever e o presenciar...
Abreijos!!!
05:30h da matina...lá vou eu para a Catedral de São Sebastião, coletar despojos de caça do Falco peregrinus e conferir alguns detalhes para serem anotados, sobre a catedral e sobre um novo ponto de pouso utilizado ultimamente...
Lá está o falcão, tranquilo, sobre um dos prolongamentos verticais arqueados que contornam um dos cones (se é que posso chamar um "cone quadrangular" de cone...) das torres. Acabou de devorar uma presa...mas ainda se mantém em posição de observação das imediações, embora pouco mais recolhido.
O tempo estava um tanto nublado, uma chuva se preparava para cair. Mas muito antes da água descer, uma ventania estúpida se instalou nas redondezas...vento forte mesmo!
E depois de uma hora pousado, eis o falcão, iniciando um planeio sobre a catedral e imediações. Iniciou uma série de planeios, sem bater asas uma vez sequer, mas controlando absolutamente o vôo com movimentos sutis, praticamente imperceptíveis, entre asas e cauda...
Voou contra a ventania, a apenas 35 metros do solo, fechando curvas estupidamente elegantes e pegando então carona a favor dos ventos, deslizando velozmente com as asas arqueadas, voltando a se manter novamente contra o vento e se pondo absolutamente parado no ar, com as asas aparentemente imóveis, com um domínio de vôo fora de série, como se não houvesse vento algum e muito menos com a intensidade com que estavam. De repente, o que era uma cena estática, tal o domínio de planeio, se transformava num mergulho ágil que emendava com um deslize sutil contra o vento. Enquanto isso, os pombos voavam tortamente, buscando abrigo nos cantos da catedral, sem conseguir manter um equilíbrio de vôo, tentando resistir a oscilação da ventania que se instalou. Foi uma cena estupidamente elegante...já presenciei inúmeros planeios dos falcões peregrinos, mas este foi de tirar o fôlego...fiquei babando com a boca aberta e um sorriso besta! Foram apenas (e tanto) 5 minutos de planeio..e isso é uma eternidade! E tive a frustração de pela primeira vez não levar a câmera fotográfica nas idas aos pontos de atuação do falcão, e voltei pra casa sem ter feito uns belos registros de filmagem, até pelo fato do falcão ter planado muito próximo ao solo. Bom, ficou o registro e essa pequena tentativa quase frustrada de descrição, já que chega a ser idiota a comparação entre o descrever e o presenciar...
Abreijos!!!
1 Comments:
Nossa, deve ter sido uma cena lindona mesmo!!!! Não tem asa-delta ou ultra-leve que chegue perto disso.
O homem até tenta, mas algumas coisas são privilégio exclusivo das aves. Sortudas...
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