Olhos do Hórus

Somos tantos e tão poucos...anjos, quase todos loucos pela vida e pelo pão. Somos santos desalmados, mortos-vivos, mal-amados...deuses sem religião. Mas, pra quem quer achar saída, temos os trilhos da vida...pra quem quer seguir adiante, temos o melhor caminho... Somos todos peregrinos, passageiros clandestinos das vãs asas do destino...

Tuesday, February 13, 2007

Passando o tempo da melhor forma

Ontem fui na UESC para fazer uma série de fotos para um amigo e um professor que estão fazendo um projeto de levantamento aqui pelo Sul da Bahia. Era pra fotografar alguns peixes coletados em rios daqui da região. Mas acabei chegando muito cedo e os peixes ainda iriam passar por um processo de triagem e só então poderiam passar pelos "clics". Essa triagem iria durar toda a manhã e parte da tarde. Bom, fui levando apenas material fotográfico numa malinha e nada mais...qual a melhor maneira de passar o tempo até a hora de fazer as fotos? Como a maneira mais necessária era inviável, já que eu não havia levado meus dados do Falco para ir adiantando algumas coisas e a sala de computadores estava trancada, a resposta estava ali atrás das construções da UESC: a mata! Afinal, uma câmera em mãos, uma manhã de Sol e algumas horas sobrando pediam essa oportunidade de dar um passeio e procurar alguns lances legais pra fotografar.
A mata é dividida em duas partes: a cabruca, que é uma formação bem modificada do ambiente de mata original, onde a maior parte da vegetação mais baixa é eliminada e substituída por plantações de cacau, preservando uma limitada parte das árvores nativas de grande porte para sombrear os cacaueiros; e a mata por trás da cabruca, com uma composição florística mais diversificada e preservada, com plantas nativas de vários portes, desde arbustos à imensas figueiras e jequitibás.
Passei cerca de duas horas andando na mata e aproveitando que estava com a câmera e acessórios em mãos para registrar alguns flagras da vida que se refugia por ali.
Vamos lá!

(Clique nas imagens para vê-las ampliadas)


Operários de um micromundo que nunca pára pra descansar.



Uma simpática (ao contrário das suas primas-irmãs Periplaneta americana, vulgo "Barata-de-esgoto") barata-silvestre em seu repouso diurno.



Mais uma caranguejeirinha nas minhas caminhadas pela mata. Coisa mais linda essa! Impecavelmente linda.



Papa-ventinho Anolis, um encontro sempre muito especial nas andadas na Mata Atlântica...e uma fonte de boas lembranças das longas andadas na mata do Parque da Cidade, em Salvador. Conseguir tirar uma foto desse aí, ainda que não muito próximo, exigiu longos minutos de paciência e jogo de cintura em ganhar a confiança do bichinho...espertíssimo, agilíssimo e desconfiadíssimo. Foi um verdadeiro jogo de esconde-esconde em volta dessa planta.





Alguns Saccopteryx bilineata, pequenos insetívoros da noite neotropical. Um brinde mais que oportuno para olhos atentos e dedos ansiosos por um clic na vida ao redor. E por trás dos pequenos olhos brilhantes, uma tradução para o inconsciente translúcido: "Estamos aqui...não se esqueça de nós!"

1 Comments:

Blogger Helena said...

Que gracinhaaaaaaaaa os morceguinhos!!! Coisa mais fofa!!!
Já a baratinha, não tem jeito... Está pra nascer quem vai me fazer simpatizar com essas criaturas horrendas. Barata é barata, seja silvestre ou doméstica. Não gosto de inseto cascudo, não tem jeito...
LINDÍSSIMAS fotos. O Anolis, a aranha, os morceguinhos principalmente. Até mesmo os cupins fazem um registro interessante. Mas a tal da barata, tsc, tsc, tsc... :-S

1:09 PM  

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